quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 29 e 30 de outubro de 2015






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Operação Antracito investiga possíveis fraudes em licitações na Usina de Candiota
Trabalho teve como base relatório da Controladoria-geral da União, em 2013, que apurou falhas graves em contratações, bem como, em investigações internas da própria CGTEE e denúncia da presidência à Polícia Civil

A Controladoria-geral União (CGU), em parceria com a Polícia de Repressão aos crimes contra a Fazenda Estadual do Rio Grande do Sul, realizou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 28, a Operação Antracito (ver significado no final da reportagem). O objetivo, segundo os investigadores, foi averiguar as suspeitas de atuação de um grupo acusado de fraudar processos licitatórios na Usina Termelétrica de Candiota, de propriedade da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) - empresa federal subsidiária da Eletrobras. O trabalho teve como base o relatório de auditoria anual de contas da Controladoria na CGTEE, em 2013, que verificou falhas graves em procedimentos licitatórios, como contratações emergenciais por dispensa de licitação (com falta de celeridade e planejamento), fracionamento de despesas, e realização de pregão presencial, sem justificativas, para a não realização de certame na modalidade eletrônica. 
Também a própria CGTEE já vinha realizando investigações internas, dentre elas, processos-administrativos disciplinares (PADs), que chegaram a sugerir demissões de funcionários. As investigações também apontam possíveis irregularidades como aquisição de bens por meio de processos irregulares ou inexistentes; fracionamento das quantidades e dos valores a serem adquiridos; aquisição de bens de um mesmo grupo de empresas; superfaturamento; e constatação de que a maioria das empresas do grupo (cerca de oito) tinha como sede um imóvel residencial, não tendo loja física ou estoque. Há indícios de que estavam ocorrendo crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva. Entre os investigados, há funcionários da CGTEE que são ou foram dos setores de suprimento e almoxarifado (estes da Usina de Candiota) e da diretoria financeira (Porto Alegre). Não foram divulgados nomes dos suspeitos e das empresas acusadas. 
Numa das apurações, segundo a CGU e a Polícia, constata-se que empresas pagas por supostamente terem fornecido mercadorias para a Usina, sequer existiam ou ainda, que algumas, apesar de aparecerem em disputa como concorrentes, estavam registradas em um Investigadores da Polícia Civil e da CGU vasculharam documentos na sede da CGTEE e denúncia da presidência à Polícia Civil mesmo endereço. Foi apurado que um terço das compras realizadas por Candiota em 2013, por dispensa de licitação, tiveram como beneficiárias sempre as mesmas oito empresas - a grande maioria delas de Pelotas. 
Segundo o delegado Joerberth Pinto Nunes, titular da Delegacia Fazendária, as investigações, que iniciaram em 2012, apontaram que, em determinadas compras efetuadas pela CGTEE, houve fracionamento de valores para que fosse permitida a dispensa de licitação. "Desta forma, era possível direcionar as compras para determinadas empresas, caracterizando o seu favorecimento, muitas vezes para empresas de fachada. Uma das supostas empresas que vendeu para a CGTEE, negociação com um valor bastante significativo, na verdade trata-se de uma casa humilde na cidade de Alvorada", afirmou o delegado Joerberth. 
O chefe da CGU no Estado, Claudio Moacir Marques Corrêa, disse que desde 2012 as auditorias de prestação de contas apontavam dispensas indevidas, fracionamento de despesas para fugir da licitação e emergencialidades que não se configuram como emergências. Conforme ele, o relatório da auditoria referente ao exercício de 2014 ainda não está concluído. "Estávamos cobrando medidas para mitigar esses problemas", assinalou. 
Durante a ação foram apreendidos documentos referentes a compras e contratação de serviços, que além da CGU, também serão analisados pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil. O valor do prejuízo financeiro será calculado após a análise dos documentos apreendidos. Entretanto, apenas dois contratos analisados somam R$ 43 milhões. 
Os 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da CGTEE, em Porto Alegre, em casas de funcionários públicos, nas empresas acusadas de participarem do suposto esquema, bem como, na Usina de Candiota. Também foram cumpridos mandados em Alvorada, Pelotas e Bagé. Cerca de 100 policiais civis, juntamente com auditores da CGU de Brasília e Mato Grosso do Sul participaram da ação. A ação também teve o apoio do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (DENARC). 

SERENO DENUNCIOU - Em entrevista ao jornal Zero Hora, o diretor-presidente da CGTEE, Sereno Chaise, disse que encaminhou suspeitas de fraude em Candiota à Polícia Civil por estar insatisfeito com o andamento do assunto dentro da Companhia. “Foi determinada demissão de dois funcionários e nada aconteceu. As decisões aqui são de colegiado. Levei o caso para a Polícia Federal, que disse que era de competência da Polícia Civil. Entregamos na Regional de Bagé e agora está aí o resultado”, declarou Sereno a ZH. Ainda em entrevista ao jornal da capital, Sereno acusa o diretor financeiro da CGTEE Clóvis Ingenfritz de Imprensa Polícia Civil I Especial TP não ter demitido dois funcionários, depois de apuradas responsabilidades deles em investigação interna. “Foi o Clóvis Ingenfritz que não demitiu. E ele não tem explica- ção para isso. Não cabia a mim. Em Candiota, as pessoas foram afastadas do setor (almoxarifado), mas só isso. Não houve punições", ressaltou Sereno. O TP tentou contato tanto com Sereno, assim como com Ilgenfritz na tarde desta quarta-feira, 28, entretanto sem sucesso. Durante entrevista à RBS, no momento que ocorria as apreensões na sede da CGTEE em Porto Alegre, Clóvis Ilgenfritz demonstrou muita irritação com a forma que estava sendo feita a operação. "Nós não podemos aceitar que um monte de gente venha aqui vasculhar sem nenhuma prova", esbravejou. 

NOTA DA CGTEE - A assessoria de imprensa da CGTEE informou por volta das 17h40 desta quarta-feira, de que a Eletrobras Holding estava preparando um Comunicado ao Mercado sobre a operação Antracito, entretanto até o fechamento desta edição, por volta das 20h30, o material ainda não havia sido distribuída. 

O QUE É ANTRACITO - A denominação dada para a operação, remete, segundo o dicionário, a uma variedade de carvão de pedra muito rica em carbono (de 90 a 95%), que contém muito menos hidrocarboneto que as outras variedades, arde sem soltar fumaça, com chama muito curta, e tem grande poder calorífico.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 20 e 21 de outubro de 2015


Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 20 e 21 de outubro de 2015



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Operação da Brigada Militar aborda 70 veículos e 154 pessoas

A rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC) foi o local escolhido pelo Comando do 4º Pelotão da Brigada Militar de Candiota para a realização de uma barreira policial. Na operação, que aconteceu no dia 14 de outubro, em frente ao bairro sou ser recolhido. Logo após, foi efetuado um patrulhamento com o emprego de viaturas e motos pela área comercial da sede do município. Além de fiscalizar veículos e condutores quanto às questões referentes ao trânsito e à identificação de veículos roubados, o 1º sargento da BM, Rogério Einloft Alves, diz que a ação teve por finalidade prevenir o tráfico de drogas e armas, localizar foragidos e procurados da Justiça, bem como reforçar o policiamento ostensivo no município, com a prevenção de roubos a bancos e estabelecimentos comerciais. "As cidades do interior (do Estado) têm sido alvos de assaltos a banco", lembra Alves, ao destacar que o fato mais recente aconteceu na madrugada do dia 3 de outubro deste ano, quando criminosos explodiram uma agência bancária, no centro de Piratini.
O policial menciona que essa é a primeira barreira realizada pela Brigada Militar na cidade desde que o 1º sargento Alex Giovani Alves Lima assumiu o Comando da BM no município, há cerca de cinco meses. O comandante salienta que as operações serão realizadas com mais frequência em dias e horários alternados. No entanto, ele ressalta que o Comando conta com a colaboração da comunidade para que informe, via telefone 190, toda a situação anormal que constatar, como, por exemplo, a circulação de veículos e pessoas estranhas à comunidade. Lima destaca que não é  necessário se identificar para repassar as informações.
A barreira contou com a participação de 15 policiais militares e do efetivo do Setor de Inteligência da BM, que monitorou a movimentação nos bancos e na área comercial, e o emprego de duas viaturas e duas motos.

Jornal Minuano (Bagé) - 20 de outubro de 2015





sábado, 17 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 17 a 19 de outubro de 2015


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Uso racional da água em debate

Partindo da premissa de que é preciso preservar e economizar água, o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja) promoveu o 1º Encontro de Gestão da Água em Assentamentos Rurais da Região da Campanha. Agricultores assentados em Candiota, Aceguá, Hulha Negra, Pedras Altas, Herval, Pinheiro Machado e Piratini, municípios que integram o Cideja, foram o público-alvo do evento, que contou com palestras técnicas e aconteceu no CTG Candeeiro do Pago, em Candiota, pela manhã e na tarde da última quinta-feira,
15. O encontro foi realizado pelo Cideja em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Estado, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e o Fórum Regional de Desenvolvimento, Manejo das Águas e Combate aos Efeitos da Estiagem.
O superintendente estadual da Funasa, Gustavo de Mello, foi um dos palestrantes do evento. Ele falou que a gestão dos recursos hídricos passa, primeiramente, pela mudança cultural no sentido da sustentabilidade. "Que não é só ambiental, é financeira, estratégica, até porque hoje produzir água para o consumo humano custa caro", ressaltou, mencionando que não basta ter recursos financeiros
para que se obtenha êxito e a água saia nas torneiras. "Numa região onde a gestão da água tem sido um desafio constante é preciso organização, construir um entendimento sobre o que seja a gestão da água em assentamentos rurais e aí é onde se combina os elementos dos conhecimentos (geologia, qualidade da água, entre outros). É um processo permanente e que não está restrito a um governo.
É um planejamento que tem que ser protagonizado pela sociedade, pela União, pelos estados, pelos municípios", disse Mello. O superintendente destacou que é fundamental que as pessoas aprendam a
conviver e se organizem para fazer bom uso da água, sem desperdiçá-la. Ele comentou que a cobrança de tarifa é uma alternativa para que as pessoas passem a utilizar esse bem, que é tão precioso, de forma racional. Um exemplo prático bem-sucedido disso, conforme Mello, é o Sistema
Integrado de Saneamento Rural (Sisar) do Ceará, implantado no estado nordestino há 20 anos e que beneficia 435 famílias do interior. Toda a casa com o sistema tem um hidrômetro que registra o
consumo da residência. A conta chega todo mês e é a comunidade que define quanto vai pagar, já que é ela quem gerencia o abastecimento da água. O projeto, que consiste na instalação de cisternas de
placa que acumulam água para beber, ajuda a população da zona rural a conviver com a estiagem.
PÓS-OBRA - Além da importância das comunidades utilizarem a água de forma responsável,
o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Marcos Alexandre de Freitas, frisou que o pósobra é fundamental para garantir o abastecimento. "A gente faz poços, redes de abastecimento e, às vezes, é investido muito dinheiro e o pessoal não dá a devida manutenção", lamentou Freitas,
relatando que já houve casos de vandalismo e furtos de equipamentos em Pedras Altas, São Gabriel e Santana do Livramento. "Eles (moradores) devem assumir esse cuidado. Se tiver uma estiagem, eles vão saber que é deles mesmos, que vai estar funcionando", destacou.
O gerente também se queixou que a CPRM executou certas obras com rede de distribuição de água, no entanto não há energia elétrica nas localidades, o que impede que o serviço seja colocado em prática. "Vários poços que ficaram esperando anos e anos. Teve obras que foram feitas em 2008 e até
hoje não tem energia. Por isso, o pós-obra é muito importante",reiterou Freitas.

RESERVATÓRIOS - O coordenador do Fórum Regional de Desenvolvimento, Manejo das Águas e Combate aos Efeitos da Estiagem, e vereador hulhanegrense, Dalvir Zorzi (PT), lembrou que o órgão foi constituído em 2007, num período de muita estiagem, com o objetivo de propor alternativas para a
falta de água nas propriedades rurais, para o consumo humano, primeiramente, e também para os animais e pequenas irrigações. "Foi criada uma organização pelas câmaras (de vereadores da região) para trazer o desenvolvimento. Em Candiota e Hulha Negra, em torno de 300 famílias (do interior
desses municípios) já têm água potável em casa", ressaltou Dalvir, acrescentando que é preciso investir na construção de reservatórios. Agora, por exemplo, neste período de excesso de chuvas,
não há nas localidades um local específico para armazenar a água da chuva, que pode ser utilizada para a irrigação e pelos animais.

AVALIAÇÃO POSITIVA - A primeira edição do encontro reuniu 110 pessoas, entre agricultores assentados, técnicos e lideranças políticas das cidades que compõem o Cideja. Entre os presentes
estavam o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário da SDR, Ricardo José Núncio, os
prefeitos de Hulha Negra, Erone Londero (PT), e de Pinheiro Machado, Felipe da Feira (PTB), o prefeito em exercício de Candiota, Paulo Brum, a vice-prefeita de Pedras Altas, Lidia Maria de
Azevedo Soares, e secretários e vereadores da região. Na abertura do encontro, a primeira-dama de
Candiota, Ana Scholl, agradeceu a presença de todos e falou em nome do prefeito e presidente do Cideja e da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs), Luiz Carlos Folador (PT), que pediu para comunicar aos participantes do evento que ele não pôde comparecer porque estava
cumprindo agenda em Porto Alegre.
O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Mario Lill, participou
do evento. Ele lembrou que o Programa Água para Todos, do governo federal, foi criado há cinco anos depois de uma grande mobilização do MST no trevo de Hulha Negra. "Só a partir da luta,
senão as coisas não saem do papel. É preciso desburocratizar, senão a coisa não vai para frente", enfatizou Lill, com base, segundo ele, em sua experiência de 30 anos junto ao movimento.
Erone, que é prefeito de Hulha Negra e secretário do Cideja, reforçou a importância do uso racional da água e que a gestão desse bem, que é finito, tem que ser bem-feita. Ele destacou ainda que está em andamento um projeto de R$ 40 milhões, via Ministério da Integração Nacional, para construções de redes de água e poços artesianos nos assentamentos da região.
De acordo com o prefeito, o governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), licitará o projeto. O assentamento da Rubira, em Piratini, já conta com poço artesiano e rede
de distribuição de água. "O poço garante o abastecimento de água de qualidade", afirmou a agricultora assentada da comunidade, Roberta Coimbra, 36 anos, que prestigiou o encontro. Ela destacou ainda que a localidade onde mora é rica em nascentes e que as mesmas devem ser protegidas. Roberta disse que há no município lotes que dispõem de muita água e outros que contam com pouca quantidade do mineral. Em sua opinião, é fundamental garantir o acesso de todos à água.
Criadora de gado de corte e produtora de frutas, sementes olerícolas e ervas medicinais, Roberta utiliza a água de um pequeno açude para alimentar os animais. A diretora executiva do Cideja, Débora Cappua Vivian, avaliou positivamente o encontro e comunicou que os assuntos pontuais
que foram levantados no evento serão avaliados em uma reunião técnica que acontecerá no dia 29 de outubro, na sede da CPRM, em Porto Alegre. O Cideja pretende promover, em breve, novas edições do encontro. Para isso, conta com a participação e a contribuição da sociedade civil, de forma que sejam encontradas soluções para que todos os moradores das comunidades rurais da região tenham
acesso à água potável.

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 17 a 19 de outubro de 2015







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Prejuízo em Candiota somam R$10 milhões

Durante esta semana foram contabilizados em R$ 10 milhões todos os prejuízos sociais e econômicos de Candiota em função das tempestades com presença de chuvas intensas e granizo que deixaram inúmeras famílias em situação de vulnerabilidade.
Na zona rural, 60 casas que foram atingidas pelo granizo, além de inúmeros trechos de estradas destruídos pelas enchentes, bem como, perdas significativas na pecuária e agricultura. Para amenizar a situação, as Secretarias de Ação Social, Agropecuária, Obras, Gabinete da Primeira-dama, junto
a coordenadoria municipal da Defesa Civil estão prestando todo o apoio às famílias atingidas. Até
agora já foram distribuídas mais de 2,5 mil m² de lona e donativos para as famílias que tiveram o telhado de suas casas destruído. Segundo o secretário de Agropecuária, Fabiano Oswald, as estradas
estão em situação extremamente precária, onde inúmeros bueiros foram arrastados pelas enxurradas,
além de pontes que foram danificadas pelas cheias dos rios, dificultando o transporte escolar e coletivo, bem como o escoamento da produção. O prefeito do município, Luiz Carlos Folador, que nos últimos dias está cumprindo agenda pela Famurs em busca de ajuda para todos os municípios atingidos no Estado, afirma que está acompanhando de perto a situação de Candiota. “Posso não estar presente, mas acompanho a par e passo os últimos acontecimentos, estamos pleiteando no Estado 1,5 mil telhas, cestas básicas, colchões e cobertores, assim como recursos para as estradas", disse.
De acordo com o secretário de Obras, Artemio Parcianello, após a decreto de emergência ter sido homologado, está sendo elaborados os planos de ações de resposta e de reconstrução de tudo que foi destruído pela intempérie. “Algumas ações emergenciais já estão sendo realizadas, buscando consertar os pontos mais críticos das estradas”, afirmou o secretário.
Para a reconstrução de algumas pontes, será necessário a elaboração de um plano de trabalho que será
encaminhado ao Ministério da Integração Nacional, em busca de recursos para as obras. “Estima-se que sejam necessários em torno de R$ 300 mil para a reconstrução destas pontes”, declarou Artemio.
Para conseguir alimentos de forma imediata para essas famílias, a Defesa Civil Municipal, a Ação Social e o Gabinete da Primeira-dama organizaram uma ação em conjunta com a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, para arrecadar alimentos nos dias dos jogos do Campeonato Municipal
de Futsal, onde alguns alimentos já estão sendo distribuídos para as famílias mais carentes.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 15 e 16 de outubro de 2015




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Cidades da região enfrentam prejuízos com as chuvas
Para esta quinta-feira, 15, a previsão da Somar Meteorologia é de que novos temporais vão ocorrer por causa de uma nova frente fria que vai se formar no Estado gaúcho. A notícia não é nem um pouca boa para quem reside no interior de Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado. Esses
municípios já acumulam prejuízos devido ao grande volume de chuva registrado na região na última semana.

CANDIOTA - O município que já contabiliza mais de R$ 5 milhões com os estragos, decretou situação de emergência na última terça-feira, 13. "Tivemos um estrago muito grande. Fizemos um levantamento e constatamos que 370 quilômetros de estradas (do interior) foram altamente danificados, bueiros rompidos, entupidos", relata o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos de Candiota, Artemio Parcianello. O secretário informa que uma estrada, no assentamento Santa Fé, está interditada em razão de ter ruído um bueiro, bem como o Corredor dos Arce está praticamente intrafegável, entre outros trechos vicinais que estão com sérios problemas. Ele informa que nos pontos mais críticos a equipe da Secretaria limpou sarjetas e bueiros com uma retroescavadeira. "Não utilizamos patrola porque piora a situação", ressalta Artêmio, lembrando que caso não seja feita a recuperação imediata nas estradas mais afetadas pelas chuvas, os transportes escolar e do caminhão do leite serão prejudicados. O secretário municipal de Agropecuária e Agricultura de Candiota, Fabiano Osvald, conta que a pecuária leiteira e de corte foram afetadas pelo frio intenso e excesso de chuva,assim como as produções de aveia e de sementes foram prejudicadas. Além disso, 58 famílias dos assentamentos Conquista do Cerro e Conquista do Paraíso, no interior do município, tiveram suas casas atingidas pelo temporal de granizo que ocorreu em Candiota na madrugada de 7 de outubro.

PINHEIRO MACHADO - O prefeito de Pinheiro Machado, Felipe da Feira (PT), destaca que quase os três mil quilômetros de estradas rurais do município foram danificados com as chuvas. Algumas vias foram interrompidas, como também houve estragos em pontes e bueiros. "Calculamos um prejuízo de mais de R$ 200 mil", lamenta Felipe, destacando que o governo municipal, em virtude
da crise que está atravessando, tentará conseguir ajuda financeira, junto as governos estadual e federal, para recuperar as vias do interior.

PEDRAS ALTAS - A prefeitura de Pedras Altas comunica que está fazendo a manutenção nos pontos críticos das estradas do interior do município. "Estão sendo resolvidos com a colocação de cascalho para que seja possível refazer os cursos das vias", informa a vice-prefeita da cidade, Lidia Maria de Azevedo Soares.

HULHA NEGRA - Já em Hulha Negra, os prejuízos com o grande volume de chuva passam dos R$ 500 mil. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Carlos Manzke, a situação das estradas do interior está bastante crítica."Vários produtores e o pessoal das cooperativas de leite estão reclamando que os acessos às propriedades estão prejudicados", diz Manzke. A ponte do Jaguarão, na divisa com Candiota, foi interditada. O secretário acrescenta que houve prejuízos nas produções de sementes olerícolas, como coentro e cebola, e que atrasou o plantio das lavouras de verão (soja e milho). De acordo com ele, as chuvas também afetaram as pastagens, o que refletiu negativamente na pecuária leiteira. "Não descartamos o decreto de emergência nos próximos dias", avalia.

FUNDO-A-FUNDO - O presidente da Famurs e prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, apresentou nesta quarta-feira, 14, uma proposta ao governador do Estado, José Ivo Sartori, para desburocratizar a transferência de recursos para cidades em situação de emergência. A medida consiste em um repasse fundo-a-fundo diretamente aos cofres municipais, sem a necessidade de elaboração de plano de trabalho. "Agilizaria a prestação de auxílio às comunidades afetadas", explicou Folador. Segundo ele, funcionaria da mesma forma como já procede nas áreas de saúde, educação e assistência social. "O município recebe o recurso e depois presta contas de como e onde gastou", esclareceu. Outra proposta apresentada pela Famurs foi a destinação de parte do recurso de multas ambientais para os Fundos Municipais e Estadual da Defesa Civil. O assunto deverá ser tema de agenda na próxima semana em Brasília, com o ministro da Integração, Gilberto Occhi. Nesta terça-feira, 13, o governo do Estado atendeu a um pedido da Famurs e editou decreto de emergência
coletivo. É a terceira vez em 15 meses que isso acontece. Em julho de 2014, enxurradas na região norte do Estado atingiram 163 cidades e obrigaram 135 prefeituras a decretar situação de emergência.
Duas entraram em estado de calamidade pública.

BUROCRACIA - Os municípios que decretaram situação de emergência pelas enchentes de 2014 seguem ser receber auxílio. Dos R$ 30 milhões solicitados pelas prefeituras gaúchas no ano passado,
nenhum centavo foi liberado até agora. Entre os motivos da demora, está a falta de pessoal no Ministério da Integração. Apenas 14 engenheiros da Pasta analisam os projetos encaminhados de todo o Brasil. De acordo com Portaria 385 do Ministério da Integração, de outubro de 2014, a Pasta recebe anualmente aproximadamente 500 planos de trabalho e possuía cerca de 2,8 mil processos paralisados na data. O decreto também informa que o sistema federal de transferência de socorro aos municípios apresenta problemas. "O atual procedimento não atende de forma adequada a população
vitimada por desastre, não permitindo a recuperação, na velocidade necessária, da infraestrutura pública destruída, penalizando a população que não consegue retomar sua rotina", admitiu o então ministro Francisco Teixeira.

SEGUE A CHUVA - As chuvas que deixaram comunidades apreensivas no Rio Grande do Sul ainda não têm prazo para acabar. A previsão do tempo estima que até 27 de outubro ainda irá chover mais
200mm em todo o Estado. Esse fato acontece em decorrência do fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e provoca volumes acima da média na Região Sul enquanto intensifica a seca no Nordeste.

sábado, 10 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 10 a 14 de outubro de 2015




Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 10 a 14 de outubro de 2015




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Ouro Negro entrega estudo ambiental da nova usina ao Ibama
Leilão de energia A-5, que seria realizado em 29 de janeiro de 2016, foi transferido para 5 de fevereiro
Esta semana a Ouro Negra Energia S/A cumpriu mais uma etapa referente ao projeto que prevê a instalação de uma usina termelétrica, de 600 megawatts (MW), em Pedras Altas, na divisa com Candiota. No dia 7, a empresa entregou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sendo que o prazo encerrou nesta sexta-feira, 9, e também a documentação para a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre o direito
de uso dos recursos hídricos. Já na quinta-feira, 8, a direção da Ouro Negro apresentou a documentação solicitada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). "A Ouro Negro conseguiu cumpriu, na medida certa, todos os requisitos", afirma o presidente da empresa e ex-prefeito de Pedras Altas, Silvio Marques Dias Neto.
A partir de agora, conforme ele, a companhia aguardará que o Ibama analise o EIA e agende as audiências públicas em Candiota, Pedras Altas e Pinheiro Machado para validar o estudo ambiental. "A perspectiva é que as audiências ocorram na segunda quinzena de dezembro", destaca Silvio.
A empresa tenta inserir o projeto da Usina Termelétrica Ouro Negro no leilão de energia A-5, que estava marcado para 29 de janeiro de 2016 e foi transferido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para 5 de fevereiro do próximo ano. O certame visa contratar empreendimentos que forneçam energia ao mercado a partir de 1º de janeiro de 2021. Com o adiamento do leilão, o prazo para entrega de documentos na EPE foi estendido até o dia 19 de outubro.

EMPREENDIMENTO - A nova usina está estimada em mais de R$ 3,5 milhões e é fruto de uma parceria entre a Ouro Negro Energia S/A e a empresa chinesa Sepco 1, do grupo Power China. O complexo termelétrico contará com dois geradores de 300 MW cada e será construído na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao Arroio Candiota e da mina de carvão (matéria-prima que será utilizada na usina) da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Na fase de construção, a previsão é que sejam criados cerca de 4 mil empregos diretos e 500 quando a usina estiver em operação. Se o projeto vencer o leilão, o empreendimento deverá estar pronto em 2020 e entrar em operação no ano seguinte.

ECONOMIA - A Ouro Negro Energia já assinou dois termos de compromisso para o fornecimento de carvão mineral, firmado com a CRM, e de calcário e cal, com a Companhia Brasileira do Cobre (CBC). No dia 29 de setembro, o projeto foi apresentado ao governador José Ivo Sartori (PMDB).

ERS-608 - O prefeito de Pedras Altas, Fábio Tunes (PSDB), e o presidente da Ouro Negro Energia S/A, Silvio Marques Dias Neto,estiveram reunidos na última segunda-feira, 5, com o diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), engenheiro civil Ricardo Moreira Nuñez, e representantes da Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional do Estado (Seplan). O encontro ocorreu na Sala do Investidor, em Porto Alegre. Fábio e Silvio solicitaram a retomada das obras de pavimentação da ERS-608, que liga Pedras Altas a Pinheiro Machado, e o calçamento do trecho de 12 quilômetros que liga a rodovia à área onde será instalada a usina. "Fomos informados de que as obras da estrada deverão estar concluídas até o final de 2016", disse o prefeito.
Sobre a pavimentação do trecho que dá acesso às futuras instalações da termelétrica, Fábio destacou que o governo do Estado elaborará o projeto, avaliado em cerca de R$ 300 mil, e a Ouro Negro executará a obra, orçada em R$ 14 milhões. O chefe do Executivo pedras-altense disse também que requereu ao Daer a manutenção da rodovia enquanto as obras na mesma não foram concluídas. "Pedi uma atenção especial para que a estrada seja patrolada mais seguidamente", mencionou.