quinta-feira, 28 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 28 e 29 de abril de 2016


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Reflexos da chuva: Cidades da região oficializam os decretos de emergência

Os municípios da região oficializaram os decretos de situação de emergência. Mais de 300 milímetros de chuva foram registrados desde o início do mês e, com isso, muitos estragos foram registrados em estradas, pontes e, principalmente, em lavouras de soja, arroz e milho. Além disso, os temporais causaram prejuízos e uma família do interior de Pinheiro Machado perdeu tudo após uma descarga elétrica atingir a residência. 
A primeira cidade informar situação de emergência foi Hulha Negra. O prefeito da cidade, Erone Londero (PT), declarou que as perdas na agropecuária chegaram a R$ 4 milhões. Em Candiota, o decreto de emergência também foi assinado pelo prefeito Luiz Carlos Folador (PT). Segundo a coordenadora da Secretaria de Agropecuária, Luana Camacho Vais, contabilizou-se um prejuízo de R$ 4,5 milhões nas estradas; R$ 8,3 milhões na colheita da soja e perda de 70% na produção de mel, girando em torno de R$ 308 mil de queda. 
Em Pedras Altas, os prejuízos são maiores, visto que o município conta com 32 mil hectares de plantação de soja e com as chuvas cerca de 25 mil hectares foram prejudicados, girando em torno de 35% da produção afetada. O prefeito Fábio Tunes (PSB) assinou o decreto na segunda-feira, 25, e estima uma queda de R$ 30 milhões. 
Já em Pinheiro Machado, o município registrou entre 35 e 45% de perda nas lavouras. No decreto, a Defesa Civil estima um prejuízo de R$ 5,5 milhões na agricultura e quase R$ 2 milhões na pecuária, além de outros danos em estradas e pontes. 

DEMAIS CIDADES – O prefeito de Aceguá, Júlio Pintos (PMDB), informou que a situação é crítica nas lavouras e estradas. A cidade também está em situação de emergência. Em Bagé, o decreto foi assinado na segunda-feira e a situação não se difere dos outros municípios. Na Capital da Paz, o cenário é preocupante. O prefeito Lídio Bastos (PMDB) decretou emergência na terça-feira, 26. Além dos prejuízos na agropecuária estimados em R$ 100 milhões, Dom Pedrito foi atingido pelas cheias do rio Santa Maria. Cerca de 15 famílias ribeirinhas tiveram que sair de suas casas. O nível do rio chegou a 5,85 metros acima do normal. Aulas em duas escolas municipais foram canceladas, pois abrigaram os atingidos pela enchente. 

PRÓXIMOS DIAS – A chuva deu uma trégua e os produtores aguardam que o tempo colabore para terminar a colheita. Os meteorologistas informam que o tempo seco deve permanecer nos próximos dias com aberturas de sol durante o dia. Entretanto, o frio é intenso. As mínimas devem ficar próximas do 0ºC na região. Na quarta-feira, o amanhecer foi de 4,9ºC em Bagé, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 26 e 27 de abril de 2016



quinta-feira, 21 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 21 a 25 de abril de 2016


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Contra os cortes: CRM discute reivindicações de mineiros
Trabalhadores decidiram manter o estado de greve, visto que diretor-presidente não apontou soluções para o fim da terceirização

Os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM/Mina de Candiota) decidiram na manhã de quarta-feira, 20, permanecer em estado de greve, após dialogar com o diretor-presidente da empresa, Edivilson Meurer Brum na unidade local. A mobilização já completa 12 dias. A representação da categoria solicitou a presença da diretoria da Estatal no município, a fim de discutir as reivindicações dos trabalhadores, como o corte de 30% da periculosidade/ insalubridade, o fim das empresas terceirizadas e, ainda, a demissão de funcionários. 
O presidente do Sindicato dos Mineiros, Wagner Pinto, afirma que os servidores vão continuar mobilizados, visto que algumas questões o presidente da CRM não apontou soluções, como a redução do nível de empresas contratadas. “Temos cerca de 70 a 80 % de nosso trabalho terceirizado. Enquanto não haver um comunicado de que forma a diretoria vai reduzir a terceirização, nós vamos se manter em estado de greve. No dia 26, a presidência tem uma reunião com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE – Eletrobras) e, depois disso, podemos ter alguma definição”, explica Pinto. 
A representação dos trabalhadores avalia o encontro como positivo, pois mostra que a categoria está atenta e lutando os direitos dos mineiros. “A situação da CRM é difícil, mas queremos posições e firmeza de nossa diretoria. Que seja dita a realidade. A CGTEE está pressionando para diminuir contrato? Nós também temos que se adequar ao que está acontecendo hoje”, pondera o presidente do Sindicato. 
O presidente Edivilson acredita que a primeira questão fundamental é o diálogo. Segundo ele, a empresa está tendo uma grande dificuldade em relação ao contrato com a CGTEE, pois havia um acordo da Fase A e B, orçado em um milhão e 600 toneladas, sendo que, em janeiro, a CRM teve que diminuir esse acordo, em razão das dificuldades que a companhia enfrenta, passando apenas para 800 mil toneladas. “Com isso deu uma queda de R$ 24 milhões, gerando em torno de R$ 2 milhões a menos por mês. De certa forma é desafiador para qualquer gestor”, explica. 
Brum ainda salienta que há outros problemas, pois a companhia agora deseja fazer um novo contrato, mas de 400 mil toneladas, sendo que a CGTEE pretende apenas pagar 200 mil. “Tínhamos um contrato de um milhão e 600 no ano passado e querem que apenas entre no caixa R$ 200 mil. Isso não existe, quebra a CRM. Eles informam que queimam 400 mil toneladas. Então querem pagar a metade apenas e o restante ficar como pago em compensação de estoque, pois no passado não utilizavam tudo o que nos compravam. Estamos negociando para que tenha um meio termo. Nós dependemos da CGTEE, mas ela também depende de nós. A sociedade gaúcha depende da energia gerada por ela”, destaca. 
Uma reunião está agendada para o dia 26 deste mês, com o objetivo da CGTEE e CRM entrarem em consenso em relação ao contrato. Com esses problemas, o diretor-presidente argumenta que algumas decisões e medidas começaram a ser tomadas. “Na sede da CRM vamos diminuir a metade da folha de pagamento. Fizemos um plano de demissão incentivado e 53% da folha será reduzida com a saída de alguns empregados. Infelizmente, em Minas do Leão, vamos suspender os trabalhos de mineração, pois tivemos um prejuízo de R$ 28 milhões nos últimos dois anos. No local vamos ficar com um grupo de funcionários para fazer a recuperação ambiental. Tentamos parceiros para manter a mina, mas não encontramos, porém, ainda, está aberta essa negociação”. A direção garante que todos os cortes necessários serão feitos, a fim de não atingir na redução de empregos. “Este é o desafio do gestor. No Brasil temos 10 milhões de desempregados, tendo uma economia que está retrocedendo e isto faz com que diminua o consumo de energia elétrica”, declara o presidente. 

DEMISSÕES – Os mineiros de Candiota temem pelas demissões, mas Brum assegura que está fazendo o máximo para evitar qualquer tipo de demissão e nunca houve uma lista de supostos funcionários que poderiam ser exonerados. 

INSALUBRIDADE – A ideia da Estatal é cortar, pois o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não aceita que seja pago para funcionários administrativos. Entretanto, foi suspendido esse corte e uma negociação está sendo feita. A empresa contratou o SESI/RS para efetuar um levantamento daqueles que se enquadram legalmente nesses adicionais. 

TERCEIRIZAÇÃO – O gestor confirma que tem a missão de diminuir os trabalhos terceirizados e que existe um contrato que pode ser considerado como o segundo maior e uma nova licitação está sendo realizada nas modalidades que a classe havia sugerido no passado. O processo licitatório está previsto para este mês e vai gerar uma redução no que a CRM paga para esse tipo de serviço. “Há uma necessidade de se fazer uma transição. Não tem como cortar imediatamente 100% da terceirização e a CRM ter suas atividades somente na mineração. Tem que ser de forma gradativamente e é esse compromisso que temos com a categoria”, ressalta Brum.

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 21 a 25 de abril de 2016



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UTE Ouro Negro: Projeto não participará do leilão de energia A-5
O certame será realizado no dia 29 de abril e a licença prévia (LP) do empreendimento não será emitida em tempo hábil

Não será desta vez que o projeto da Usina Termelétrica Ouro Negro, projetado para ser construído em Pedras Altas, participará do leilão de energia A-5. O empreendimento da Ouro Negro Energia S/A (ONE S/A) não disputará o certame, previsto para 29 de abril, porque o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda não emitiu a licença prévia (LP), pré-requisito que habilita o projeto a participar do leilão. A diretoria da ONE S/A esteve na terça-feira, 19, na Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. Na oportunidade o órgão solicitou à empresa uma complementação referente à outorga dos recursos hídricos. “Já estamos providenciando. Penso que em até 45 dias será emitida a LP”, ressalta o presidente da ONE S/A, Silvio Marques Dias Neto, mencionando que a empresa fará a complementação ambiental e aguardará a emissão da LP, estando, assim, pronta para disputar o próximo leilão, previsto para ocorrer ainda neste ano. 
A ONE S/A também desistiu do certame em razão de o preço de referência estabelecido para o leilão não ser convidativo. O valor inicial estipulado pelo governo federal varia de R$ 251 o megawatt-hora para projetos a biomassa e a carvão (como é o caso da UTE Ouro Negro) a R$ 290 para gás natural. 
A UTE Ouro Negro está avaliada em mais de R$ 4 bilhões. O projeto será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). A SEPCO1 é também EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra. 
A termelétrica contará com dois geradores de 300 megawatts cada e deverá ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao arroio Candiota e da mina de carvão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Durante a construção do empreendimento, deverão ser gerados cerca de quatro mil empregos diretos e 500 quando o mesmo estiver em operação. 802 PROJETOS – A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 802 projetos para o leilão A-5 e que vai contratar energia elétrica para ser fornecida a partir de 2021. Ao todo serão 29.628 megawatts de capacidade instalada ofertados de variadas fontes, sendo a principal a eólica, com 17.131 MW, oriundos de 693 projetos. Duas hidrelétricas vão participar do certame, somando 111 MW, além de 52 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); 40 termelétricas a biomassa; nove termelétricas a gás natural; cinco termelétricas a carvão; e uma termelétrica a biogás.

ONE S/A pretende instalar um parque eólico e duas hidrelétricas na região

Enquanto aguarda a licença prévia do projeto da UTE Ouro Negro e a realização de um novo leilão, a ONE S/A dará continuidade ao desenvolvimento de três projetos energéticos, sendo um parque eólico e duas centrais hidrelétricas. 
O parque eólico, de 100 megawatts, está previsto para ser instalado em Pinheiro Machado. A ONE S/A investirá cerca de R$ 250 milhões no projeto, que está em estágio inicial. Silvio destaca que a empresa está aguardando autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para instalar a torre de medição dos ventos. A previsão é que sejam gerados 500 empregos diretos na fase de construção do complexo e 30 quando o empreendimento estiver em funcionamento. 
As hidrelétricas estão projetadas para serem construídas em Piratini (cinco megawatts) e Pedras Altas (um megawatt). A central de Piratini será abastecida pelo arroio das Pedras e a de Pedras Altas pelo arroio Candiotinha. A hidrelétrica de Piratini contará com um investimento de R$ 18 milhões e a de Pedras Altas, R$ 10 milhões. Os projetos serão custeados 30% com recursos próprios da empresa e 70% através de linhas de financiamento. Os empreendimentos estão em fase de desenvolvimento da engenharia e dos estudos ambientais. “Os estudos ambientais da CGH Candiotinha serão entregues na Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS) dentro de três meses e o de Piratini até o final do ano”, conclui Silvio.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 19 e 20 de abril de 2016



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Tempo severo: Previsão de altos volumes de chuva deixa região em alerta
Municípios começaram a decretar situação de emergência devido os estragos causados pelas chuvas

Os municípios da região estão em alerta. A previsão de altos acumulados de chuva para esta semana está gerando preocupação e desespero para os produtores. A primeira cidade da região a decretar situação de emergência foi Hulha Negra, na quinta-feira, 14. O laudo de prejuízos está sendo calculado pela Emater, mas o Executivo já estima uma perda de 15% nas lavouras de soja em condições de colheita. 

CANDIOTA – O município abriu processo nesta segunda-feira, 18, para decretar emergência. Segundo a coordenadora da Secretaria de Agropecuária, Luana Camacho Vais, ainda não há uma estimativa de preju- ízos. “Estamos aguardando laudos da Emater, Associação dos Piscicultores e demais entidades de produ- ção de mel, soja, a fim de homologar o decreto junto ao Estado. Temos 10 dias para fazer esse procedimento”, afirma a coordenadora. 

PEDRAS ALTAS – Segundo o prefeito Fábio Tunes (PSDB), uma reunião com Emater e Sindicato Rural estava prevista para a tarde de segunda-feira. O chefe do Executivo afirmou que no encontro seria tratado sobre os estragos causados pelas chuvas dos últimos e, que, possivelmente o município também irá decreta situação de emergência. 

PINHEIRO MACHADO - A Terra da Ovelha vai emitir decreto nesta terça-feira, 19. O prefeito do município Felipe da Feira (PTB) informou ao TP que apenas aguarda um laudo dos prejuízos causados pelas chuvas. Não há valores definidos dos estragos. 

DEMAIS CIDADES – Em Bagé, a situação está dentro da normalidade e o poder público informa que não há motivos para emitir decreto. Já em Dom Pedrito, o prefeito Lídio Bastos (PMDB) deverá decretar nesta terça-feira. O município está concluindo os cálculos dos prejuízos em estradas e produções.

sábado, 16 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 16 a 19 de abril de 2016


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Situação de emergência: Pinheiro e Candiota também devem emitir decreto
Decretos vão ser assinados na próxima semana, após conclusão de levantamento de dados

As fortes chuvas dos últimos dias têm causado, além de estragos, preocupação para produtores da região. A cidade de Hulha Negra registrou grandes acumulados e decidiu decretar situação de emergência na quinta-feira desta semana. Outros municípios da região estão fazendo um estudo para verificar se há necessidade de decretar emergência, como é o caso de Dom Pedrito.
Já em Pinheiro Machado, a medida já foi tomada e o prefeito Felipe da Feira (PTB) afirmou ao TP que o município vai decretar situação de emergência. A estimativa é que o decreto seja assinado pelo chefe do Executivo na próxima segunda-feira, 18.
De acordo com o prefeito, um levantamento de dados está sendo feito para apontar os estragos causados pelas enxurradas. “Temos conhecimento que a chuva afetou cerca de 27% da colheita da soja”, diz. Além disso, Felipe reconhece a situação que se encontra as estradas do interior do município, em vista do clima severo.

CANDIOTA – A assessoria de imprensa do Executivo informou que, também, na próxima segunda-feira, o município vai abrir processo para emitir o decreto. O escritório da Emater local já diagnosticou 27 % de perda na lavoura de soja. Um estudo está sendo feito para apontar os prejuízos na colheita do arroz. “Ainda há previsões de muita chuva, algo que nos preocupa muito. Os produtores não conseguem nem entrar nas lavouras e os produtos estão se deteriorando”, desabafa o secretário de Agropecuária,

PEDRAS ALTAS – O município de Pedras Altas deverá decretar situação de emergência na segunda-feira, 18. “Pedirei um laudo para a Emater e o Sindicato Rural. Para decretarmos, temos que quantificar os prejuízos econômicos baseado em estatísticas”, menciona o prefeito Fábio Tunes (PSDB).

ATUALIZAÇÃO HULHA – Em Hulha Negra, o decreto de emergência foi emitido na quinta-feira, 14. O laudo com a estimativa dos prejuízos será concluído pela Emater/RS-Ascar na segunda-feira, 18. Segundo dados do órgão, até o momento, a perda média nas lavouras de soja em condições de colheita foi de 15% e houve também prejuízos na pecuária leiteira. Os números estão sendo apurados.

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 16 a 18 de abril de 2016




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UTE Ouro Negro: Chances de projeto disputar leilão A-5 são mínimas

O preço não convidativo do leilão de energia A-5, marcado para o dia 29 de abril, poderá levar a Ouro Negro Energia S/A (ONE S/A) a desistir de apresentar no certame o projeto da Usina Termelétrica Ouro Negro.
“Na próxima quarta-feira (20 de abril) teremos uma posição definitiva”, comunica o presidente da ONE S/A, Silvio Marques Dias Neto. 
O executivo informa que na terça-feira, 19, participará de reuniões em Brasília para tratar sobre a licença prévia (LP) do empreendimento, avaliado em mais de R$ 4 bilhões e que está projetado para ser construído em Pedras Altas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda não emitiu a LP. “Se for emitida a licença em tempo hábil, mesmo com uma pequena possibilidade, podemos participar (do leilão)”, ressalta Silvio, mencionando que essa questão está sendo avaliada pelo Conselho Administrativo da empresa que é formado pelos investidores.
O presidente diz que se o certame ocorresse nesta sexta-feira, 15, por exemplo, o projeto da UTE Ouro Negro ficaria de fora. “Hoje (15 de abril) não teríamos as condições para participar do leilão. Não temos ainda a LP e, se for emitida, o preço não é convidativo”, observa Silvio, ao afirmar que o empreendimento estará(Ibama) ainda não emitiu a LP. “Se for emitida a licença em tempo hábil, mesmo com uma pequena possibilidade, podemos participar (do leilão)”, ressalta Silvio, mencionando que essa questão está sendo avaliada pelo Conselho Administrativo da empresa que é formado pelos investidores.
O presidente diz que se o certame ocorresse nesta sexta-feira, 15, por exemplo, o projeto da UTE Ouro Negro ficaria de fora. “Hoje (15 de abril) não teríamos as condições para participar do leilão. Não temos ainda a LP e, se for emitida, o preço não é convidativo”, observa Silvio, ao afirmar que o empreendimento estará pronto para disputar o próximo leilão, previsto para ocorrer ainda neste ano.
Recentemente, o governo federal estabeleceu preço de referência para o certame, sendo que o valor inicial varia de R$ 251 o megawatt-hora para projetos a biomassa e a carvão (como é o caso da UTE Ouro Negro) a R$ 290 para gás natural.
A termelétrica contará com dois geradores de 300 megawatts cada. O projeto será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). A SEPCO1 é sócia e será EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 14 e 15 de abril de 2016


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Mineiros de Candiota: Estado de greve é prorrogado por mais uma semana

Os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM/Mina de Candiota) decidiram prorrogar por mais uma semana o estado de greve decretado na sexta-feira, 6. A direção da empresa não compareceu nesta quarta--feira, 13, conforme havia solicitado a categoria.
O presidente do Sindicato dos Mineiros, Wagner Pinto, explica que a empresa enviou um comunicado, informando a impossibilidade de estar em Candiota para conversar com os trabalhadores. “No documento está informando que a direção estaria presente em uma assembleia, em Minas do Leão, quando seria tratado sobre o fechamento da unidade. Eles solicitaram que aguardássemos até a próxima semana”, relata. O encontro de funcionários e direção da CRM está previsto para quarta-feira, 20, visto que uma audiência pública está sendo organizada pelo Poder Legislativo.
Os mineiros reivindicam o corte de 30% do salário da periculosidade/insalubridade, o fim das empresas terceirizadas, a demissão de funcionários e melhores condições de trabalho, além de solicitar diálogo com a empresa.

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 14 e 15 de abril de 2016



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Hulha Negra: Situação de emergência será decretada nesta quarta-feira
Excesso de chuvas ocasionou estragos em pontes e estradas. Perdas nas lavouras de soja são de 30%

Pela sétima vez, desde 2013, a prefeitura de Hulha Negra decretará situação de emergência. O documento, que será emitido nesta quinta-feira, 14, detalha as perdas na agricultura e os estragos nas pontes e estradas da cidade, ocasionados pelo excesso de chuvas nas últimas semanas.
O prefeito Erone Londero (PT) informa que a estimativa da Emater/RS-Ascar é que as perdas nas lavouras de soja chegam a 30% numa área de 15 mil hectares. Segundo ele, as pastagens para o gado também foram afetadas, o que poderá causar prejuízos na produção leiteira. Além disso, a maior parte das estradas necessita urgente de manutenção e três pontes estão interditadas, sendo duas na sede e uma no interior do município. “Vai afetar tanto na economia pública como privada”, avalia Erone. 
O coordenador municipal da Defesa Civil, Carlos Alberto Manzke, destaca que em março choveu no município 250 milímetros, sendo que o maior volume foi registrado depois do dia 20. Já neste mês, ele diz que são quase 200 mm de precipitações.
O coordenador menciona que a tendência é que a situação se agrave ainda mais, pois está prevista chuva para a região até o dia 20 de abril. De acordo com ele, o decreto de emergência ajudará os produtores a renegociarem suas dívidas. “Pelas perdas que tiveram muitos não terão condições de pagar (dentro do prazo)”, comenta Manzke.
Atendendo solicitação do prefeito, o Exército está realizando um levantamento das pontes que há na cidade para verificar se mais alguma foi danificada em razão das chuvas

terça-feira, 12 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 12 e 13 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 12 e 13 de abril de 2016



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Ouro Negro decide na próxima semana se participa do leilão A-5 de energia

A Ouro Negro Energia S/A (ONE S/A) ainda não definiu se o projeto da Usina Termelétrica Ouro Negro poderá ser viabilizado e participar do leilão de energia A-5, agendado para 29 de abril. O presidente da ONE S/A, Silvio Marques Dias Neto, diz que a empresa está na expectativa que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emita até a próxima semana a licença prévia (LP) do empreendimento, projetado para Pedras Altas. “Mas achamos que não será emitida a tempo desse leilão”, analisa o executivo. 
Além da LP, a ONE S/A está concluindo a série de simulações econômico-financeiras para avaliar se o projeto poderá ser viabilizado. “Dependemos de algumas informações da China que chegam hoje (11 de abril)”, destaca Silvio. Essa avaliação está sendo feita porque o governo federal estabeleceu preço de referência para o certame, sendo que o valor inicial varia de R$ 251 o megawatt-hora para projetos a biomassa e a carvão (como é o caso da UTE Ouro Negro) a R$ 290 para gás natural. 
Caso o projeto da UTE Ouro Negro fique de fora do leilão do dia 29, Silvio ressalta que o empreendimento estará pronto para disputar o próximo certame. Há uma conversa de mercado que será entre agosto e outubro (deste ano)”, ressalta o executivo. 
A usina contará com dois geradores de 300 megawatts cada. O projeto está avaliado em mais de R$ 4 bilhões e será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). Além de sócia, a SEPCO1 será EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra.

sábado, 9 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 09 a 11 de abril de 2016


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Economia: Ouro Negro definirá se participará do leilão A-5

Após realizar uma série de simulações econômico-financeiras, a Ouro Negro Energia S/A (ONE S/A) definirá na segunda-feira, 11, se o projeto da Usina Termelé- trica Ouro Negro poderá ser viabilizado e participar do leilão de energia A-5, programado para 29 de abril. A empresa estava decidida a partir do certame até a semana passada, quando então o governo federal estabeleceu preço de referência para o leilão, sendo que o valor inicial varia de R$ 251 o megawatt-hora para projetos a biomassa e a carvão (como é o caso da UTE Ouro Negro) a R$ 290 para gás natural. O presidente da ONE S/A, Silvio Marques Dias Neto, avalia que o preço poderá inviabilizar o empreendimento, de 600 MW, projetado para ser construído em Pedras Altas. 
Silvio informa que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda não emitiu a licença prévia do projeto. Com a LP, o empreendimento poderá participar do leilão. A UTE Ouro Negro está avaliada em mais de R$ 4 bilhões e será financiada 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). Além de sócia, a SEPCO1 será EPCista do projeto, ou seja, a empresa que será responsável pela obra. 
A usina está projetada para ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao arroio Candiota e da mina de carvão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). A nova termelétrica a carvão mineral contará com dois geradores de 300 megawatts cada. Durante a construção do empreendimento, deverão ser gerados cerca de quatro mil empregos diretos e 500 quando o mesmo estiver em operação. 

DECLARAÇÃO – Foi alterado para 15 de abril o prazo para que as distribuidoras entreguem a declaração de necessidade para o leilão A-5, que será realizado no dia 29 deste mês. O prazo anterior era 16 de março. Na quarta-feira, 6, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a portaria 108/2016 alterando a data.

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 09 a 11 de abril de 2016




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Candiota: Mineiros decidem em assembleia entrar em estado de greve
Serviços poderão ser paralisados a partir de quarta-feira, 13, caso a diretoria da CRM não se manifeste presencialmente sobre as reivindicações dos trabalhadores

Os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM/Mina de Candiota) decidiram entrar em estado de greve (forma de alerta) nesta sexta-feira, 8, após uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Mineiros com a categoria na portaria da empresa. Um dos motivos do movimento é em razão ao corte de periculosidade/insalubridade que, segundo o Sindicato, os trabalhadores foram “pegos” de surpresa, através de um comunicado feito na tarde de terça-feira, 5. O corte representa 30% do salário dos mineiros, os quais já recebem a cerca de 26 anos. 
A advogada do Sindicato, Elis Regina Ferreira, explicou durante a assembleia, que a verba paga a título de periculosidade faz parte do salário do trabalhador e estava incluído no último concurso público realizado em 2012, a fim de incentivar a classe. “Só usam esse determinado nome e pagam para todos, sem nenhum embasamento legal”, destacou. 
O presidente do Sindicato, Wagner Pinto, afirmou que na quinta-feira, 6, a diretoria da empresa entrou em contato e informou que havia sido cancelada a atitude do corte da verba e, que, a Estatal irá analisar o caso e fazer um estudo para emitir um laudo, quando será definido quanto da categoria continuará recebendo o benefício. “É uma remuneração que faz parte do planejamento familiar de todos os trabalhadores. O valor gasto de periculosidade é de R$ 270 mil, enquanto com as empreiteiras é de R$ 7 milhões. Em 2015, o gasto com a terceirização chegou a R$ 50 milhões. A arrecadação da CRM corresponde a 80% somente para as empresas contratadas”, enfatizou o presidente. 
O Sindicato dos Mineiros reivindica, também, o trabalho terceirizado que prejudica o serviço dos trabalhos e benefícios. “Precisamos ter terceirização zero para salvar a CRM. É um desrespeito com a categoria. A CRM tem que dar condições de trabalho e enquanto não sair a última terceirizada vamos continuar lutando para que nenhum trabalhador seja demitido. Nada contra os funcionários, mas a empresa que mais gasta aqui é a Fagundes”, ponderou Wagner. 
Em 2015, a representação da categoria fez uma denúncia ao Ministério Público em razão do trabalho terceirizado, quando foram encaminhadas cópias de notas de máquinas que trabalhavam 27h/dia. O MP retornou ao Sindicato informando que o órgão não tinha efetivo suficiente para fazer uma fiscalização. 
Para o diretor-financeiro do Sindicato, Hemerlindo Ferreira, a possibilidade privatização da CRM é grande, visto que o trabalho terceirizado é valorizado. Além disso, Ferreira relatou que a empresa não pagou alguns funcionários que tiveram o gozo de suas férias em janeiro deste ano. “Queremos trabalhar com os nossos direitos. A medida adotada atingiu 100% da categoria, envolvendo cerca de 350 trabalhadores”, argumentou. 
A classe apontou quatro questões para reivindicar e anunciar estado de greve, as quais se referem a manutenção da periculosidade, contra a demissão de trabalhadores, o fim das empreiteiras e ainda a solicitação de diálogo com a diretoria da empresa. 

PRÓXIMO PASSO– O Sindicato agendou para a próxima quarta-feira, 13, uma assembleia, às 8h, na portaria da empresa, quando será tratado sobre o acordo coletivo. Já às 10h, será aguardada a presença da diretoria da Companhia e, caso isso não ocorra, a categoria vai paralisar os serviços, como a extração do carvão. CRM – Em nota, a Estatal informou ao TP que tem conhecimento da realização da assembleia, porém ainda não havia sido notificada oficialmente de alguma decisão dos trabalhadores.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 07 e 08 de abril de 2016




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Candiota: Mineiros ameaçam paralisar atividades
Assembleia geral com trabalhadores será realizada na sexta-feira, 8. Sindicato alega que direitos dos mineiros não são cumpridos pela CRM

Nesta sexta-feira, 8, os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM)/Mina de Candiota, convocados pelo Sindicato dos Mineiros, vão realizar uma assembleia na portaria da empresa para definir se haverá uma paralisação geral na segunda-feira, 11. 
Os motivos, segundo o presidente do Sindicato, Wagner Pinto, são em razão dos direitos dos trabalhadores que, segundo ele, não estão sendo cumpridos. “Fomos pegos de surpresa durante instrução de serviço da empresa, onde foi informado que havia sido cortada a periculosidade/insalubridade. A gente está fazendo um movimento forte com a categoria. Acredito que vamos parar na segunda-feira, mas isso será definido em assembleia”, relata. O presidente pondera que o Sindicato está reivindicando há oito anos cortes na terceirização. “80% da arrecadação da CRM é destinados ao pagamento de serviço contratado. Realmente onde deve ser cortado o gasto não acontece. Quem sofre é o trabalhador”, argumenta Wagner. 
O Sindicato está tomando medidas jurídicas, visto que o corte afetou 100% da categoria, envolvendo cerca de 350 trabalhadores. Outras questões levantadas pela entidade são em razão do atraso de pagamento, principalmente das férias. Wagner admite que há funcionários sem receber o período de férias desde janeiro deste ano. “A empresa valoriza mais os terceiros do que os trabalhadores. É uma indignação. A diretoria poderia ter ligado para o sindicato e ter informado sobre o corte, mas não. Foi enviado uma “IS” para a empresa e nós não sabíamos de nada. Fomos apenas ter conhecimento através dos funcionários”, questiona. 

CONTRAPONTO - A CRM, através da sua assessoria de comunicação, assinalou que sempre priorizou seus empregados. Disse que a CGTEE atrasou cinco meses os pagamentos para com a CRM, e apenas a folha dos empregados, neste período, manteve-se em dia, evidenciando que ao mesmo tempo os fornecedores arcaram com o atraso. 
Em relação as terceirizações, a diretoria da CRM afirma que todos os contratos obedecem os critérios da Lei 8666/93 (das Licitações) e são amplamente transparentes. “Os contratos com os fornecedores foram renegociados na atual gestão tendo-se conseguido uma redução de valores contratuais, dentro da política governamental vigente de redução de custos que só em 2015 foi de mais de R$ 2,3 milhões economizados pela atual diretoria”. 
Em relação ao corte de periculosidade/insalubridade, a CRM alega que foi o Tribunal de Contas do Estado do RS (TCE-RS) quem determinou que só os trabalhadores que efetivamente tenham esses direitos recebam, sendo que hoje eram pagos indiscriminadamente. “A empresa contratou o SESI/RS para efetuar um levantamento daqueles que se enquadram legalmente nesses adicionais”. Quanto à paralisação, a diretoria diz que não há motivos que está aberta ao diálogo com o Sindicato.


NOTA
O Sindicato dos Mineiros vem a público repudiar os fatos que tem ocorrido nas últimas semanas, envolvendo a negociação entre diretoria da CGTEE e CRM e medidas de contenção de despesas adotadas pelo Governo do Estado. 
Apesar de o Sindicato acusar insistentemente o processo de terceirização na CRM que chega às margens de 75% (números estes negados por diretores da mineradora) nunca foi tomada nenhuma providência, muito pelo contrário cada vez mais se estreitou a relação “promiscua”, para não dizer outra coisa, entre diretoria e empreiteiros. Sem fazer juízo de valores, sempre que politico se envolve em transações milionárias com empreiteiros todo o cuidado é pouco. 
Assim, não é de se estranhar que mediante todo um processo de dificuldade financeira da companhia e um aperto por parte da atual direção da CGTEE querendo resolver “tudo de errado”, da forma mais imediata possível e que pode vir a quebrar a CRM e a diminuição de despesas por parte do Governo do Estado venha a recair nos trabalhadores que estão sendo “surrupiados” (R$7 milhões para empreiteiras estão garantidos o pagamento e retiram 30% de periculosidade pagas a mais de 20 anos a todos os funcionários que não chega a R$250mil). É bem como diz o ditado: “Banquete de caviar e economiza nos palitos”. 
Um aparte: todos os envolvidos Governo, Ministério de Minas e Energia, além da CRM e CGTEE são do PMDB. 
Não é novidade o fato de ser desenfreada a terceirização e contratos milionários com duas empreiteiras Fagundes e Transbalta. O Sindicato sempre foi contrário a este tipo de NEGOCIATA que entra até na atividade fim da empresa. Fato este ilegal. 
A priorização dos pagamentos de milhões para empreiteiras torna claro o “LAVA A JATO” aos interesses escusos.Assim: 
*A CRM, com todo o seu potencial (no mínimo duas novas usinas termoelétricas – em Candiota e Pedras Altas) está as margens da falência, única e exclusivamente por incompetência das administrações. 
*Já os pagamentos são priorizados para os empreiteiros e os direitos adquiridos dos trabalhadores como férias não são pagos. 
*Há dois anos a CRM não repassa aos empregados as evoluções previstas no Plano de Carreira, mas paga verdadeiras fortunas de milhões de reais às empreiteiras. 
*Agora com anúncio de cortes de gastos do governo estadual mais uma vez as empreiteiras receberão os seus milhões de reais que foram “surrupiados” com a suspensão de pagamento de periculosidade e ou insalubridade que os trabalhadores vinham recebendo há aproximadamente 20 anos. 
Contra esses desmandos o sindicato dos Mineiros está providenciando medidas judiciais e mobilizando os trabalhadores, sem descartar uma PARALISAÇÃO GERAL que será decidido em Assembleia Geral na sexta feira as 8h da manhã.

sábado, 2 de abril de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 02 a 04 de abril de 2016



LEIA A NOTÍCIA:

Economia: UTE Ouro Negro poderá ficar fora do leilão A-5
Preço de referência para o certame poderá inviabilizar o empreendimento, segundo o presidente da ONE S/A

A Ouro Negro Energia S/A (ONE S/A) iniciará na segunda- -feira, 4, uma série de simula- ções econômico-financeiras para definir se o projeto da Usina Termelétrica Ouro Negro poderá ser viabilizado e participar do leilão de energia A-5, programado para 29 de abril. A empresa fará isso tendo em vista que o governo federal estabeleceu preço de referência para o certame, sendo que o valor inicial varia de R$ 251 o megawatt-hora para projetos a biomassa e a carvão (como é o caso da UTE Ouro Negro) a R$ 290 para gás natural. 
O preço, segundo o presidente da ONE S/A Silvio Marques Dias Neto, poderá inviabilizar o empreendimento, de 600 MW, projetado para ser construído em Pedras Altas. “É uma completa falta de planejamento e bom senso do governo. No leilão de abril de 2015, o preço teto foi de R$ 281. Eu acredito que nesse leilão de 29 de abril, com o preço teto em R$ 251, nenhuma térmica a carvão venderá energia”, lamenta o empresário. Contudo, ele ressalta que se a empresa desistir de participar do certame devido ao preço de referência, estará pronta para disputar outro leilão que poderá ocorrer entre julho e outubro deste ano. 
Na avaliação de Silvio, se o governo entender que para garantir o fornecimento de energia, visando o desenvolvimento econômico do país, precisará de energia de base (energia firme: carvão, gás e nuclear), terá que definir um preço que viabilize os empreendimentos. 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou no dia 29 de março o edital com as condições do certame, previsto para o final deste mês. O leilão A-5 comprará energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração. Poderão participar os projetos de geração que tenham obtido outorga de concessão ou de autorização, como a hidrelétrica de Belo Monte, desde que não tenham entrado em operação comercial até a data do certame. Para a energia de usinas que já têm outorga e contrato, o governo estabeleceu preço de referência entre R$ 115,57 e R$ 203,25 o megawatt-hora. 
O A-5 é destinado à contratação de energia elétrica de projetos hidrelétricos, eólicos e termelétricos a carvão, a gás natural em ciclo combinado e à biomassa, com início de suprimento em 1º de janeiro de 2021. Estão cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 1.055 empreendimentos com potência instalada total de 47.617 MW. Compõem a lista seis hidrelétricas, 78 pequenas centrais hidrelétricas, 864 eólicas e 107 térmicas, das quais 63 a biomassa, 36 a gás, sete a carvão e uma a biogás.

ESTUDOS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES – Recentemente, a ONE S/A enviou os estudos ambientais complementares ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Silvio diz que esse era o documento que faltava encaminhar ao órgão, para que o mesmo possa emitir a Licença Prévia (LP) da UTE Ouro Negro. A expectativa da empresa é que isso ocorra nos próximos dias. Tendo a LP, o projeto estará apto a participar de leilões. A ONE S/A e as empresas chinesas (SEPCO1 e Power China) estão concluindo a estruturação do capital social. A SEPCO1 será sócia e EPCista (empresa responsável pela obra) da UTE Ouro Negro. Orçado em mais de R$ 4 bilhões, o projeto será financiado 80% com recursos das instituições financeiras da China. O restante do valor será pago com capital próprio das empresas sócias (ONE S/A, SEPCO1 e Power China). 
A UTE Ouro Negro está projetada para ser construída em Pedras Altas, na divisa com Candiota, numa área de terras próxima ao arroio Candiota e da mina de carvão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). A nova usina a carvão mineral contará com dois geradores de 300 megawatts cada. Em torno de quatro mil empregos diretos deverão ser criados durante a construção da termelétrica e 500 quando a mesma estiver em operação.